quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

AS DEZ PRAGAS SOBRE O EGITO: Mito Ou Realidade?

Por: Alexandre Garcia
Para muitas pessoas, os relatos históricos contidos na Bíblia não passam de mitos construídos ao longo dos tempos pelos homens. Já para os que creem na veracidade histórica da Bíblia, não há ali mitos, e sim, registros fidedignos da historia humana, escrito por homens, mas inspirado por DEUS. E você? No que crê? 
A Bíblia contém várias historias miraculosas relatando o poder de DEUS, e nos recusamos a acreditar, dizendo que não passam de mito, pois não conseguimos entender que estas miraculosidades são na verdade, o poder do ser mais poderoso do Universo. Trago hoje a incrível historia registrada no segundo livro da Bíblia, chamado Êxodo. Antes, vamos conhecer um pouco  da historia. Estávamos na época bíblica conhecida como a época dos patriarcas. Havia um homem chamado Terã, semita, hebreu de nascimento, que morava na Mesopotâmia, (entre rios), atual Iraque. Este homem tinha um filho chamado Abrão, que foi escolhido por DEUS, dentre tantas pessoas, tantas famílias, para ser o pai de várias nações, o pai da fé. Teria ele que deixar seus parentes, sua zona de conforto, e sair deserto a dentro até um novo lugar, uma nova terra,.e ali se estabelecer, embora ele nem mesmo soubesse direito o por que DEUS lhe pedira isso. Mas foi assim mesmo. Lá sua família cresceu. Nasceu Isaque, irmão mais novo de Ismael. Isaque se casa com Rebeca, tem gêmeos, sendo que um deles chama-se Jacó. Jacó tem doze filhos, e um dos mais novos, na verdade o mais novo na época, José, por ciumes de seus irmãos, é vendido como escravo, e assim ele cresce no Egito. Com o tempo, ele se torna governador do Egito, abaixo somente de Faraó, o homem mais poderoso do império. Anos mais tarde, com a fome assolando o Egito, Canaã e seus arredores, ele reencontra sua família, cerca de setenta pessoas que é bem recebida por Faraó, ganhando a melhor terra do Egito, a região de Gósen. Anos se passam, séculos inclusive, as setenta pessoas aumentaram em número, tantas que os egípcios, declaradamente hoje um povo escravocrata, os escravizam, usando-os em serviços pesados. Então, após cerca de dois séculos no Egito, vem o libertador prometido por DEUS. Moisés, que fora um príncipe no Egito, anuncia DEUS ao Faraó. E aí, chegamos em nossa historia: AS 10 PRAGAS SOBRE O EGITO. 
Com o intuito principal de deixar Israel sair livre da escravidão egípcia, Moisés anuncia a Faraó o que DEUS fará caso Faraó não os deixe saírem livremente: viria a primeira consequência dessa recusa, a qual a Bíblia chama de praga. Como os egípcios eram politeístas, tinham deuses diversos, cada qual com uma ou mais designação. Apos 4 seculos na terra do Senhor das duas coroas, muitos filhos de Israel já haviam esquecido, ou nem mais acreditavam, no DEUS de Abraão, Isaque e Jacó. Muitos israelitas haviam aprendido a adorar os deuses de pedra e barro. Como agora, seriam libertos por um DEUS que haviam esquecido? Um DEUS em que não mais acreditavam? Ou, pior ainda: um DEUS que não conheciam? O DEUS YAHWEH precisava se fazer conhecer. Precisava libertar o Seu povo, e mostrar a todos os povos, quem realmente É DEUS entre os homens. Por isso, cada praga, a cada negativa de Faraó, humilhava e vencia os deuses de pedra e madeira que conheciam e adoravam. Segue agora a lista das 10 pragas que sobrevieram ao Egito, por ocasião da libertação do povo hebreu: 

AS DEZ PRAGAS NO EGITO 

Hapi. muitas vezes 
encontrado
 em  dupla, simbolizando  o alto 
e o baixo
Egito
1°- Praga das águas tornando-se em SANGUE - Ex. 7:14 a 24. Esta foi a primeira das pragas sofridas no Egito, onde as águas do Nilo e demais afluentes, sangas, poços fontes... tornaram-se em sangue por cerca de sete dias. Isto desonrou e desmascarou o deus-Nilo, Hapi. Tido como a personificação do Nilo, era adorado por dar a água que fornecia o alimento e fazia o Egito florescer. Há uma dúvida se Hapi é um deus ou deusa, pois tem barba e também seios. Muitos acreditam na androginia de Hapi. Um texto demótico expõe uma interpretação bissexual dos gênios - Nilos: "A imagem de Hapi, cuja metade é homem e a outra mulher" (papiro Berlim 13.603). Porém segundo o professor e egiptólogo Claude Traunecker, Hapi é homem. Conforme o estudioso, "seus impressionantes peitos são de um homem obeso". A morte dos peixes no Nilo foi também um golpe contra a religião do Egito, pois certas espécies de peixes eram realmente veneradas e até mesmo mumificadas. Em Esna, a pá dos arqueólogos descobriram múmias de peixes do gênero Latus niloticus, chamados pelos egípcios de aha. Com esta primeira praga, YAHWEH se fez conhecer entre os egípcios, hebreus, e demais povos da região como o DEUS vivo. Hapi, o deus egípcio foi desmascarado pelo DEUS dos hebreus, como um deus que não era tao poderoso assim. Que nada podia fazer para tornar as águas limpas novamente. Foi vencido por YAH, Aquele que criou a água. Há somente um DEUS entre os homens, e Seu nome é YAHWEH.
Ainda alguns comentaristas creem que as águas apenas ficaram com cor de sangue, mas segundo o Comentário Bíblico Adventista vol. I, elas de fato se tornaram em sangue. Não foi devido ao solo vermelho da Abissínia que sofreu alteração da cor. Alguns sugerem como possível causa uma alta concentração de "plantas e ciliados cripógamos", algo semelhante a "maré vermelha" de organismos microscópicos que matam milhões de peixes e trazem um gás malcheiroso às praias. Segundo o CBA, pode-se questionar se a água alterada desta forma se ajusta a todas as especificações desta praga bíblica. Certamente, o momento de sua aparição não poderia ser controlado pelo homem. O fato é que elas se tingiram de vermelho. Judeus, cristãos e criacionistas em geral, creem no relato bíblico de Moisés. Ateus e evolucionistas em geral, nas algas ou qualquer outra coisa que não o poder de DEUS. 
Nebeth-Het / Neftis, deusa dos rios também foi desmascarada.
Só não temos como negar esse fato dizendo ser mito. Até mesmo os egiptólogos não religiosos estão convencidos destas dez ocorrências sobre o Egito.



Deusa Heqet
Heqet
 2°- Invasão das RÃS; - Êx. 8: 1 a 15.  Quando a cheia do Nilo ia embora, deixava um solo fértil, pantanoso, úmido e cheio de rãs, rãs de uma tonalidade verde escura, e como eram milhares, o povo associou a sua presença a fertilidade. Muitos amuletos em forma de um sapo eram utilizados por egípcias que queriam dar proteção a seus bebês.  Uma de suas deusas chamava-se Heqet, e era associada a imagem dessas rãs, tendo corpo feminino e cabeça de rã, se supunha ter poder criador. Muito comum encontrar inscrições referindo-se a esta deusa com o hieróglifo de um sapo. Com o anúncio de que o DEUS YAHWEH encheria o Egito com as rãs, mais um deus (deusa Heqet) mostrou sua inoperança em manter o equilíbrio cósmico. Com rãs por todos os lados, casas, camas, fornos (...) ficou parecendo à muitos, que a deusa era maligna, atormentando o povo que lhe era devoto. Pior foi Faraó pedir a Moisés intervir perante YAHWEH para acabar com a praga. As rãs sagradas, não foram embora apenas, mas morreram. E a deusa Heqet não foi capaz de impedir. Foi vencida por YAHWEH, o DEUS que criou as rãs no quinto dia da criação. O DEUS dos hebreus mostrava a todo o homem a Sua superioridade frente aos deuses de pedra da maior nação do mundo.





/ Thoth / Thot / Tôt /
Tot / Zonga
3°- Pó da terra tornando-se em PIOLHOS - Êx. 8: 16 a 19. Thoth, era o deus a que se  atribuía a sabedoria, magia e as práticas secretas. Se tinha algum deus capaz de fazer o mesmo que Moisés havia feito, - transformar o pó da terra em piolhos -  era este. Mas os sacerdotes de Thoth não conseguiram. Thoth, segundo o egiptólogo Claude Traunecker, é representado como um homem com a cabeça de íbis. As pás dos arqueólogos geralmente encontram Thoth segurando um Ankh (pronuncía-se arr) em uma das mãos e com uma lua sobre a cabeça. Este deus teria sido o escritor do Livro dos Mortos, um conjunto de textos que ficavam junto dos sepultados como uma espécie de manual parara ajudar os novos mortos nesse novo mundo.
Esse deus tem 3 variações conhecidas, Thoth para os egípcios; Hermes para os gregos e Mercúrio para os romanos. Isso deve ter decorrido devido ao sincretismo entre estes povos. A alguns anos foi encontrado por arqueólogos um local que possivelmente seria a residência dos sacerdotes de Thoth. O interessante é que foram encontradas escritos tanto em grego como em egípcio demótico, uma forma de escrita mais avançada que os hieróglifos, uma prova da fusão das culturas. 
Outro desmoralizado com esta terceira praga foi Geb, o deus da terra com cabeça de serpente. Ele estimula o mundo material dos indivíduos e lhes assegura enterro no solo após a morte. Umedece o corpo humano na terra e o sela para a eternidade no túmulo.
Keb / Geb: deus da terra e marido de Nut
Sempre deitado sob a curva do corpo de sua mulher, Nut, ele é o responsável pela fertilidade e pelo sucesso nas colheitas. . YAHWEH tendo pego a terra, e transformado-a em piolhos ou mosquitos, demonstrou a todos que sua força e poder passou por cima do deus egípcio da terra.
Segundo o CBA, Kinnam, deriva provavelmente da palavra egípcia chenemes, que significa "pernilongo" ou "mosquito". A tradução "piolhos" segue a opinião do historiador judeu Flávio Josefo e dos escritores talmúdicos, mas não tem base linguística. Os mosquitos egípcios, de tão pequenos, eram quase invisíveis a olho nu, Mas tinham um ferrão, que de acordo com Filo e Orígenes, causavam uma irritação extremamente dolorosa na pele. 
 A terceira praga atestou a incapacidade dos sacerdotes e do deus Thoth, o deus das artes secretas e do deus Geb, deus da terra, de fazer o mesmo. Mais dois deuses do panteão de deuses egípcios não conseguiram vencer a YAHWEH. Não conseguiram sequer imitar a praga, quanto mais acabar com ela. Era DEUS ensinando aos homens, quem realmente é DEUS sobre a terra. 

Shu, deus egípcio
 que controlava o ar
Região de Gósen, no delta do Nilo
 4°- Enxame de MOSCAS - (Êx. 8:20-32). As primeiras nove pragas se dividem em três grupos de três, sendo que as três primeiras Faraó recebe o aviso, e os hebreus escravos tinham que fazer algo por si para não sofrerem com as pragas também. Na primeira praga, deviam eles estocarem água em suas casas, afim de terem água para beberem, pois todos bebiam das águas do Nilo, que tornaria-se em sangue; Na segunda praga, rãs subiram em todos os termos (Êx. 8:2) de Faraó, inclusive na terra de Gósen, [um distrito de cerca de 1500m² com duas cidades principais: Ramssés e Pitom - Bíblia de Estudo Plenitude] onde moravam os hebreus,  restando ao povo que acreditava no SENHOR, fechar todas as entradas de suas casas; mosquitos), bastava a eles fecharem suas casas. Mas a linha de demarcação entre os egípcios e os adoradores do verdadeiro DEUS veio a ficar nitidamente traçada da quarta praga em diante. Aqui, temos o segundo grupo de três, onde Faraó continuava sendo avisado, mas a terra de Gósen não mais seria atingida.  Enquanto enxames de moscas invadiam os lares dos egípcios, os israelitas na terra de Gósen não foram atingidos por esta pragas(Êx 8:22 a 24). Deus egípcio algum pôde impedi-las:
Nem Amon, o deus criador;
Nem Thoth, senhor da magia;
Nem Serket Heru / Selkis, ou Aset / Ísis, deusas da magia;
Nem mesmo Shu, o deus protetor do ar.
Todos humilhados e derrotados por YAHWEH.



5°- Peste causando a MORTE NO GADO - (Êx. 9:1 a 7).  Ao chegarmos na metade das pragas, o coração de faraó continuava obstinado, e DEUS então, manda Moisés avisar a Faraó mais uma vez, para libertar os escravos. A punição caso ele não os libertassem, seria uma peste que atacaria os animais. Todo o rebanho do Faraó que estaria no campo, de seus cavalos, jumentos, camelos, o gado e as ovelhas,  seriam atacados com pestilência que causaria a morte. Faraó não da ouvidos aos avisos divinos, achando-se autossuficiente. Até agora, os juízos divinos recaíram sobre os egípcios. Não sobre suas propriedades. Estas poderiam terem sofrido um pouco com as pragas anteriores, mas agora, as pragas estavam direcionadas diretamente sobre seus animais. Ficaria Faraó mais impressionado com uma praga que empobrecesse mais os seus súditos do que as que apenas lhe causavam algum sofrimento pessoal? Considerando isso, a mão de YAHWEH foi sobre os rebanhos e todos os animais domésticos.

Desenho em alto relevo de Ápis
Talvez Faraó não tivesse dado muita atenção aos avisos de DEUS porque as doenças epidêmica do gado não eram muito raras no Egito, e, por vezes, ceifavam a vida de vários animais. 
Porém, o caráter miraculoso desta praga está no seu anúncio prévio, seu surgimento no dia marcado, na severidade e no fato de os animais hebreus não terem sido afetados conforme dito por Moisés a Faraó (Êx. 9:4) e pelo governante do  Egito acreditar a ponto de mandar verificar (9:7) os animais dos hebreus.
Os cavalos, principal fator da cavalaria e por que não do exército egípcio,  eram desconhecidos antes da invasão dos hicsos. Eles se tornaram comuns a partir da 18ª dinastia e foram usados principalmente na guerra. O camelo não era usado amplamente no antigo Oriente Médio antes do séc. XIII a.C., por isso é pouco mencionado nos registros bíblicos mais antigos. Porém, representações de camelos encontradas no Egito, Síria-Palestina e Mesopotâmia do terceiro e do segundo milênio a.C., mostram que a domesticação esporádica desse animal já acontecia bem antes do séc. XIII a.C. (Gn.: 12: 16 / 24: 11).
Esta 5ª praga afetou de forma especial o deus touro Ápis (Hep), que era o mais venerado dos animais sagrados. Encarnava ao mesmo tempo o deus Osíris e Ptah. Em Mênfis, o culto existia desde a Iª dinastia, e em outra cidades, também era muito remoto. Simbolizava a força vital da natureza e sua força geradora.
Dizia a lende que Ptáh engravidou uma vaca virgem e esta concebeu um touro preto, que tornou-se o porta-voz ou o duplo de Ptáh. 
Para entronizarem este boi, ele deveria ter certas características e ser nutrido unicamente por mulheres durante 40 dias. Aí então o animal era conduzido a Mênfis pelos sacerdotes em uma barca dourada no meio da multidão acolhedora.
Escultura egípcia de Ápis
Ao morrer, era mumificado em um sarcófago e os rituais duravam até 60 dias.
Com a 5ª praga sobre os animais, Ápis não conseguiu a libertação deles da mesma, e nem mesmo da morte; pior ainda: Ápis morreu! É.. o deus touro Ápis, tão glorificado no Egito já desde a primeira dinastia [se não já do período pré-dinástico], não foi deus o suficiente, aquele deus que simbolizava a força vital da natureza, para enfrentar o DEUS dos escravos. 



Escultura em baixo relevo
técnica inventada por
Imhotep
6°- Tumores que estouram em ÚLCERAS - (Êx. 9:8-12).  Na sexta praga DEUS manda Moisés diante do faraó com cinzas do forno - os eruditos dividem-se quanto ao significado da palavra hebraica para cinzas, acreditando alguns que se refira a fuligem - e que as atirassem para cima, ao ar. tornar-se-iam em pó miúdo sobre a terra que se tornariam em tumores que estourariam em úlceras sobre a pele. A natureza exata dessa doença não é clara.
Conforme o CBA, muitos acreditam se tratar dos furúnculos do Nilo, que acometia os egípcios no fim da cheia anual, causando uma coceira quase insuportável. Uma vez que isso é comum no Egito, dificilmente seria considerado sobrenatural, a menos que fosse com severidade sem precedentes. 
Esta sexta praga, humilhou novamente Shu, deus egípcio que controlava o ar, mas também a um grande homem do passado egípcio, Imhotep, o primeiro herói nacional, a quem se atribuía muitas obras: foi ele o construtor  - projetista e coordenador de todos os trabalhos - da primeira pirâmide do Egito, a pirâmide escalonada de Djoser. Foi também escriba, vizir, sacerdote, arquiteto, filósofo, poeta, astrônomo e mago (a medicina e a magia eram praticadas em conjunto). Diagnosticou e tratou mais de 200 doenças:

15 doenças do abdômen; / 11 da bexiga; / 10 do reto; / 29 dos olhos; / 18 da pele, cabelo, unhas e língua; / Também tratou da tuberculose, cálculos biliares, apendicites, gota, artrites e fez algumas cirurgias. Também era de seu conhecimento a posição e a função dos órgãos vitais do corpo humano, bem como, da circulação sanguinea;  Conhecido pelo nome grego de Asclépio, ou Esculápio para os romanos é considerado por muitos o verdadeiro pai da medicina. Como era africano, perdeu o título para Hipócrates.
A ele também se deve o hábito de orientar rigorosamente as pirâmides para o norte. Por tudo isso, ele tem sido considerado também o gênio criador da arquitetura. 
Um mero mortal que no Período Tardio lhe era já prestado um culto em uma das capelas do complexo de Saqqara, local para onde afluíam os coxos de todo o país em busca de cura. Nunca pretendeu ser deus, mas no panteão egípcio, era considerado o deus da cura.
 Não impediram a sexta praga.


7°- SARAIVADA de pedras e fogo (Êx. 9:13-35). Como faraó não deixava o povo de YAHWEH sair livre do Egito, veio então a sétima praga. Ao Moisés estender a mão ao céu, caiu sobre aquela terra chuva de pedras, por todo o Egito, grandes trovões, grandes pedras de granizo, e fogo, tudo misturado sobre a terra dos faraós, sobre homens, animais e plantas. O verso 26 nos indica que somente na terra de Gósen não caiu nenhuma chuva de pedras. A tempestade de granizo por si só já é um milagre, em uma região potencialmente sem chuvas, granizo então, raramente era visto. 
Esta sétima praga poderia ter sido novamente um ataque a Ísis, deusa da vida, da natureza e da magia entre outros, pois o granizo matou tudo o que tocou, a Set principalmente, que entre outras coisas era o deus das tempestades, e também a já vista Nut, deusa do céu.

e da natureza
Ísis, deusa da vida 
 Nut - sempre curvada, 
a deusa do céu




8°- Enxame de GAFANHOTOS- (Êx. 10:1-20). Hoje ainda se encontram no Oriente países que são assolados pelos gafanhotos a cada cinco ou dez anos. São descritos por Joel como o exército de DEUS. Eles realmente deslizavam pelas paredes e encobriam a terra em questões de segundos. A questão aqui é que faraó foi anunciado por Moisés sobre a vinda desses gafanhotos, e novamente a região de Gósen ficou livre. Os escritos falam que os gafanhotos foram trazidos por um forte vento oriental; em geral, eles são trazidos mesmo por vento, já que não podem voar longe sem ele. Neste caso, um vento oriental os teria trazido do norte da Arábia, região onde com frequência esses insetos proliferam. Isso seria algo excepcional, uma vez que os gafanhotos que invadem o Egito, partem do sul da Líbia  ou da Etiópia, ou seja, respectivamente do sudoeste ou do sul. O fato de o vento ter soprado um dia e uma noite inteiros antes de os gafanhotos chegarem ao Egito, sugere que percorreram uma distância considerável. Eles vieram e devoraram o que sobrou da saraiva. A praga dos gafanhotos significava uma derrota dos deuses que, segundo se pensava, garantiam abundante colheita. Novamente aqui Ísis, a deusa da vida e da natureza, foi humilhada perante o poder de YAHWEH. Mas Shu, deus do ar também foi. 
Gafanhotos geralmente vem do sul da Líbia (sudoeste) e Etiópia (sul) do Egito. Mas estes em especial vieram do oriente, da Arábia Saudita (leste).

Amon-Rá


9°- Três dias de TREVAS sobre o Egito - (Êx. 10:21-23). A nona praga, como a terceira e a sexta, foram derramadas sem aviso. Sempre a última praga, do grupo de noves não tiveram aviso. Alguns comentaristas sugerem que um eclipse do sol causou a intensa escuridão. Porém, uma eclipse jamais poderia produzir uma escuridão que durasse três dias. Outros sugerem que foi os gafanhotos que causaram a escuridão, mas os gafanhotos vieram bem antes da escuridão. Outros atribuem as cinzas de um vulcão, mas a grande maioria dos intérpretes crê que o milagre foi produzido pelo hamsin, uma tempestade de areia do deserto que ocasionalmente sopra sobre o Egito e cobre a terra com uma escuridão fora do comum.  Isso se deve às densas nuvens de areia fina que o vento carrega consigo e que interceptam a luz do sol, provocando uma escuridão bem mais profunda que as piores neblinas. Tempestades de areia no limite do deserto índico, por exemplo, fez um dia claro escurecer por meia hora como se fosse uma noite sem luar saturado de finas partículas de areia. Mesmo DEUS usando as forças da natureza, natureza esta que Ele criou, estas pragas se revelaram  extremamente sobrenaturais, pois DEUS estava no controle de todas, e os escravos hebreus não eram atingidos por elas.
Amon-Rá
disco solar Aton
como as demais pragas, esta desferiu um golpe sobre os deuses egípcios. O deus sol Rá, tinha sido o principal deus no Egito por séculos, e todo rei chamava a si mesmo de "filho de Rá". Na época de Moisés, esse deus era identificado com Amon e tinha o nome de Amon-Rá. Os maiores templos que o mundo já viu foram construídos em sua honra, e um deles, o grande templo em Karnak, no alto Egito, ainda é magnificente, mesmo em ruínas. Outro deus era o disco sol Aton, que poucas décadas depois do êxodo se tornou o deus supremo do sistema religioso egípcio. Por ocasião da nona praga, a completa impotência desses deuses estava demonstrada claramente aos seus adoradores.



10°- Morte dos PRIMOGÊNITOS - (ÊX. 11: 4 a 10 / 12: 29 a 36). A morte dos primogênitos do Egito provavelmente resultou na maior humilhação para os deuses e deusas egípcios. Para quem não sabe o que é primogênito, este é o primeiro filho homem de aguém, pessoa ou animal. Os governantes do Egito realmente chamavam a si mesmos de deuses, filho de Rá ou filho de Ptáh. Depois de o faraó dizer à Moisés que não conhecia o Seu DEUS para que deixasse ir o seu povo, todos - egípcios, hebreus, sacerdotes, faraó e demais povos -  souberam que o DEUS YAHWEH era o único DEUS e  Seu nome ficou conhecido em toda a terra. DEUS mostrou a ineficácia dos deuses falsos do Egito, e por conseguinte, dos demais deuses, santos, ou outros, feitos pela mão do homem.  O Faraó tinha  a pretensão de ser adorado, de ser uma divindade e o primogênito do governante era, em potencial um faraó, pois era o herdeiro do trono. YAHWEH demonstrou a falsa deidade de Faraó e seu filho. O DEUS dos hebreus demonstrou que não era apenas o DEUS que comandava a natureza, mas também era o SENHOR que controlava a vida (os que Lhe obedeceram pintaram com sangue de carneiro os umbrais da porta) e SENHOR da morte ( os que não pintaram, não demonstrando fé em DEUS, tiveram seus primogênitos mortos). Perceba que faraó foi avisado e poderia ter evitado todas as mortes. Antes de chegar lá, DEUS deu a faraó nove avisos de Sua força e poder. Nove. O faraó vivenciou estes nove avisos na pele, um a um; viu o seu povo sofrer, sua mulher e filho. Sabia que a maioria das pragas aconteciam esporadicamente no Egito, mas não com tal intensidade e com avisos prévios. Poderia ter evitado libertando um povo cativo. A escravidão - tornar escravo, tiranizar, oprimir; regime social de sujeição do homem e utilização de sua força para fins econômicos, como propriedade privada-Aurélio - sempre foi uma realidade ao redor do mundo. Os mais fortes sempre oprimiram os mais fracos, foi assim no Brasil, nos U.S.A., África, entre outros. Como poderemos duvidar que no Egito houve escravidão? Se houve pragas, se houve êxodo, houve escravidão.  Embora a Bíblia afirme que (Êx. 12: 30) não havia casa em que não houvesse morto, muito provavelmente, alguns primogênitos egípcios não tenham morrido. Isso se daria porque já desde a sétima praga, aqueles egípcios que temiam a palavra de YAHWEH, faziam conforme Moisés advertia - (Êx. 9:19 e 20). Os hebreus estavam no Egito por cera de 215 anos, e alguns hebreus haviam se casado com egípcios. O próprio libertador Moisés, fora criado no palácio de faraó como membro da família, e aqueles que creram em DEUS, muito provavelmente fizeram como Moisés ordenara. 
Ísis e Osíris, deuses da vida e mesmo faraó, deus na terra, foram completamente humilhados, nem mesmo eles não conseguiram impedir a morte dos primogênitos. Ninguém, no panteão egípcio se apresentou para enfrentar YAHWEH. DEUS com essas pragas todas, tinha alguns objetivos: 

OS OBJETIVOS DAS PRAGAS NO EGITO:


DEUS YAHWEH só fez uso das pragas porque tinha alguns objetivos:



  • tornar-Se conhecido por faraó - (Êxodo 7:17);
  • tornar-se conhecido por todos os hebreus - (Êxodo 6:7);
  • tornar Seu nome conhecido por todos os povos da terra - (Êxodo 9:16);
  • libertar os hebreus da escravidão - (Êxodo 3:7 e 8);
  • mostrar a ineficácia dos deuses egípcios e da idolatria em si - (Sl.115:4 e 8);
  • ofertar a salvação também aos egípcios, trazendo-os da idolatria para Si - (Ezequiel 18: 21 a 23 e 27 a 28).
FENÔMENOS NATURAIS:

O DEUS da Bíblia também é o DEUS da ciência, afinal, tudo foi feito por Ele. Muitas vezes, no decurso de seus intentos, faz uso das forças da natureza para levar a cabo seus propósitos. Foi assim quando usou da água para conseguir o dilúvio por exemplo; do vento, para abrir o mar vermelho ou trazer os gafanhotos. Intervém nos fenômenos naturais como O Elemento Controlador. Os fenômenos naturais sempre existiram,  o milagre está em DEUS prever de antemão a cada um; mandar Moisés anunciá-los e todos eles, inclusive a abertura do mar vermelho se dar exatamente na hora em que precisava acontecer.
Respondendo a pergunta de Faraó: "Quem é YAHWEH, cuja voz ouvirei? "(Êxodo 7.17)., DEUS então se fez conhecer a todos os povos. Agora as divindades egípcias ficaram em evidente demonstração de sua impotência perante o SENHOR Todo-Poderoso. 
Muitos aceitaram a DEUS e saíram da idolatria e do Egito juntos com os hebreus-(Êx. 12:38): "Subiu com eles (hebreus) um grande misto de gente (...)" - Alguns estudiosos imaginam ter sidos remanescentes dos hicsos, outros, semitas que não os hebreus, ou então, descendentes de hebreus e egípcios, gregos, ou até mesmo egípcios que impressionados com o grande poder de DEUS, deixaram para trás sua antiga vida aceitando o SENHOR YAHWEH. (SP1,243). Eu, particularmente, creio que possa ser um pouco de cada um destes, afinal, o texto nos diz "...um grande misto de gente...". Ou seja: uma grande mistura de gente. 
Um novo ano está ai. Veja os milagres de DEUS em sua vida, ou clame por vida nova, e venha você também, junto com os hebreus e este grande misto de gente para junto de YAHWEH, o DEUS da vida. 

Referências:
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  • Bíblia de Estudo Plenitude - ARA, SBB;
  • Bíblia Tradução Brasileira - SBB;
  • Bíblia de Jerusalém - Ed. Paulinas;
  • Comentário Bíblico Adventista - vol. 1 - CPB;
  • Egito – Terra dos Faraós – Olavo Leonel Ferreira – Ed. Moderna;
  • Os Deuses do Egito - Claude traunecker - UNB;
  • O Êxodo Hebreu – Emanuel O. Araújo – Ed. Ebrassa;
  • Fotos – Livros e  Google imagens.



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