terça-feira, 22 de novembro de 2016

BIG BANG THEORY OU CRIAÇÃO DIVINA?

Por:Alexandre Garcia
Zygmunt Bauman afirma que poucas pessoas seriam capazes de identificar de forma objetiva, os princípios que 
seguem na vida cotidiana.¹ Apesar disso, todos temos
respostas para as grandes perguntas da vida. Entre  elas, a pergunta que todos fazemos, todos respondemos, mas ninguém consegue entrar em um consenso geral. "De onde viemos?" Esta é a pergunta. Você já parou para pensar, de onde viemos? Leigos, religiosos e cientistas, entre outros, todos temos uma resposta a dar.
Existem várias teorias e hipóteses sobre a nossa origem, sobre a origem do Universo: mas há duas teorias que se destacam, sendo que uma delas é chamada de Big Bang e a outra, Criação Divina; uma é a teoria padrão por físicos e astrofísicos ateus e a outra destaca-se por ser aceita entre físicos e astrofísicos teístas.

Teoria do Big Bang
A teoria da Grande Explosão nos ensina que o Universo e toda a matéria, viva ou não, surgiu de uma grande explosão à cerca de 13 bilhões e 700 milhões de anos. Alguns falam em dão 13 bilhões e 400 milhões. Esta teoria postula que a partir de um grão primordial muito denso, tudo veio a existência. Este grão, mais denso que o aço teria esquentado e em um espaço muito curto, explodido, fragmentando toda a matéria comprimida e criando assim o Universo com suas imensas galáxias, estrelas super gigantes que fazem nosso Sol virar uma fagulha, planetas, nebulosas, buracos negros imensos, entre outras. A partir da hipótese de Lemaître - hipótese do átomo primordial ou ovo cósmico - que afirma a expansão do Universo, Edwin Hublle realiza observações que constata o afastamento das galáxias. Deixa-se para trás a teoria do Universo Estacionário de Hoyle e cria-se a hipótese que tudo veio de um único ponto que explodiu (Grão Primordial). O nome Big Bang é de autoria de Fred Hoyle que nunca a aceitou, e em um programa de rádio teria falado este nome, alguns disseram que foi uma forma sarcástica de se referir a teoria, sendo que ele nega. Mas a teoria do Big Bang não é consenso entre os cientistas que não creem em DEUS, muitos cientistas ateus de renome, como veremos, não aceitam  o Big Bang como sendo possível.

Teoria da Evolução
Imagem relacionadaEsta teoria não é a mesma que o Big Bang, pois ela não postula sobre a criação do Universo e sim sobre a evolução das espécies. Mas está sempre vinculada a ela. A teoria evolucionista que atualmente está em voga postula que (1) tanto a matéria orgânica quanto a inorgânica se desenvolveram espontaneamente, casualmente, (2) isso tudo levou muito tempo, ao longo de vários bilhões de anos, (3,4) a atual de plantas e animais estão na vanguarda de um processo de desenvolvimento natural, que vai do simples para o complexo, (5) e o ambiente atual é produto de processos físicos normais que estão em operação a centenas de milhões de anos. 

Teoria do Estado Estacionário
Resultado de imagem para teoria do estado estacionário
A Teoria do Estado Estacionário foi elaborada em 1948 por Fred Hoyle, Thomas Gold e Hermann Bondi como alternativa ao modelo do Big Bang. É um modelo amplamente desacreditado hoje e que descreve um Universo que se dilata e no qual matéria nova se cria nos intervalos crescentes entre as galáxias, mantendo a densidade de matéria no Universo constante e propiciando permanentemente prótons para as estrelas produzirem seus processos de fusão, na nucleossíntese. O Universo conservaria assim uma densidade idêntica a todo momento, e duraria eternamente.  


Teoria do Universo Quase Estacionário
Cosmologia Estado Quase Estacionário foi proposta em 1993 por Fred HoyleGeoffrey Burbidge e Jayant V. Narlikar, como uma nova encarnação das ideias de estado estacionário e significou para explicar características adicionais desaparecidas na proposta inicial. A teoria sugere bolsões de criação que ocorre ao longo do tempo dentro do Universo, por vezes referido como mini bangs, eventos mini-criação, ou pequenos golpes. Após a observação da expansão acelerada do Universo, mais modificações do modelo foram feitas.


Teoria do Multiverso
Resultado de imagem para teoria do multiversoVocê já imaginou se existissem vários universos? Talvez você até já tenha ouvido a expressão "em qual Universo isso é divertido?", ou "em qual Universo ele gosta de doces?", ou outra expressão parecida. Estas expressões provém de uma teoria que está ganhando cada vez mais força. Físicos teóricos baseando-se em princípios como a Teoria das Cordas postulam que há vários universos desconectados chamados de bolhas, formando um todo que eles chamam de Multiverso. O problema com a Teoria do Multiverso é que, atualmente, não temos como prová-la – já que estaríamos em um Universo completamente separado de outro. Se temos dificuldade em ver um planeta distante, imagine identificar um Universo inteiro.
Nosso universo teria surgido do Big Bang, provavelmente um choque entre um Universo e outro, e haveria uma variedade de universos que poderiam ser produzidos dessa forma. 

Teoria da Criação:
Resultado de imagem para teoria da criação divina do universoOs principais postulados do modelo bíblico da criação, podem ser declarados da seguinte forma: (Neufeld, 1974b):
1- A Substância física do Universo e as leis de interação que caracterizam essa substância foram trazidas a existência pelo Criador e são a manifestação de seu propósito permanente;
2- Dentro de seis rotações sucessivas do planeta Terra, ocorridas aproximadamente 6 mil anos atrás, o Criador organizou e/ou criou o planeta, a fim de proporcionar um ambiente ideal para os seres vivos, e colocou ali os ancestrais de todos os seres que já viveram neste planeta.
3- A criação perfeita original que refletia a personalidade do Criador, cuja principal característica  é o amor, foi subsequentemente modificada como resultado do pecado, passando a se tornar cada vez menos ideal e tendo a morte como destino inevitável de todos os seres.
4- Os seres originalmente criados foram dotados da capacidade de propagação com modificação, o que resultou numa vasta gama de adaptações e especificações dentro das categorias básicas.
5- A superfície do planeta foi radicalmente transformada num evento posterior à criação, conhecido como dilúvio, o qual soterrou restos do mundo anterior e resultou num mundo pós-diluviano que, em muitos aspectos, passou a proporcionar um ambiente drasticamente diferente para os seres vivos.

Seriam estas teorias todas consideradas Ciência?
Diante destes modelos de origem do Universo e da vida, surge a pergunta: É a Teoria da Criação considerada uma ciência?
Na forma restrita da palavra, NÃO. 
Por quê?
Porque para ser Ciência, ela deve ser passível de análise em laboratório. Deve ser possível realizar os testes comprovando a tese e novamente realizá-los, confirmando novamente a tese e assim por diante.
(DEUS criando o Universo / DEUS criando o ser vivo e assim por diante). 
E a Teoria da Evolução, - que absorve a teoria do Big Bang, Multiverso... - é considerada Ciência? Embora muitos insistam, queiram e ensinem que sim... a resposta também é NÃO.
Por quê?
Pela mesma resposta dada acima para a Teoria da Criação.
A Teoria da Evolução, também não pode confirmar o que afirma.
Não temos como levar DEUS para o laboratório e fazê-Lo recriar o mundo em seis dias vez após vez. Também não temos como levar todas as condições necessárias para que haja um Big Bang ou outra teoria, e fazê-los se repetirem várias vezes. Não temos fósseis de ligação – elos perdidos, não há como observarmos a evolução em bilhões de anos...).

O que é Ciência?
Forma restrita da palavra:
Tudo o que puder ser levado ao laboratório para analise.
1. Corpo de conhecimentos sistematizados adquiridos via observação, identificação, pesquisa e explicação de determinadas categorias de fenômenos e fatos, e formulados metódica e racionalmente;
2. Comprovação de um fato por meio de um método;.

Forma ampla da palavra:
Todo o conhecimento.
Ciência é todo conhecimento legítimo- (Platão).
Tudo o que existe é resultado de conhecimento.
Classifica-se em:
Formais: Utilizam a lógica- (Matemática, estatísticas...) Ciências exatas.
Factuais: Utilizam os fatos- (se subdividem em naturais e humanas).

  • Naturais: Geografia, Biologia, Química, Geologia...
  • Humanas: História, Filosofia, Sociologia, Antropologia, Pedagogia, Teologia...
A  CIÊNCIA É UM CONHECIMENTO LEGÍTIMO ATÉ QUE SE DERRUBE A TESE


Veja esta declaração do físico e Nobel Steven Weinberg, ateu, sobre o Big Bang: "Em 3 minutos, 98% de toda a matéria do Universo foi produzida". Por mais de dois milênios os cientistas concordaram com Aristóteles sobre o Universo ser imóvel, sem ter tido um começo, e sem ter um fim (contrariando a Palavra de DEUS, a qual afirma em Hebreus que o Universo foi formado), mas eis que Weinberg, mesmo em uma declaração não teísta, parece estar reproduzindo a criação divina. Por cerca de dois milênios homens que faziam a chamada "ciência" criam em algo que hoje já abandonaram em parte, vindo agora, tardiamente, declararem como as palavras da Bíblia. A cerca de 3.500 anos ela já nos ensinava:

"No princípio criou DEUS os céus e a terra"- Gên. 1:1.

"Os céus por Sua palavra se fizeram, e pelo sopro de Sua boca, o exército deles"- Sl. 33: 6.

"Pois ele falou, e tudo se fez; ele ordenou, e tudo (lembro-me do físico e Nobel Steven Weiberg que disse: "Em 3 minutos, 98% de toda a matéria do Universo foi produzida") passou a existir"- Sl. 33:9.

"Pela fé, entendemos que o Universo foi formado pela palavra de Deus"- Hb. 11:3.

Aceitando que DEUS realmente estivesse no comando em Gn. 1:3 onde nos é dito: "que se faça a luz", o astrônomo, físico e padre belga Georges Lemaître, disse em 1920: "O Universo inteiro salta a existência num trilionésimo de segundo, vindo do nada num brilho inimaginável de intensa luz". Fato é que hoje os cientistas pensam diferentemente do que pensaram por 2.500 anos. A Teoria do Big Bang veio fazer uma revolução dentro da ciência. Com esta teoria, os cientistas evolucionistas mudaram de ideia e passaram a aceitar uma origem do Universo, diferentemente de seus colegas do passado, crendo agora em sua grande maioria, conforme aquele livro que tanto negaram dizendo que os seus escritos não passavam de mero mito
Richard  Dawkins  no livro “Deus é um delírio” afirma:
"Se você diz que Deus criou o Universo, posso te perguntar quem criou Deus". Essa pergunta só teria sentido se falássemos de  um DEUS  que foi criado.  Não de um DEUS  que é eterno. Mas também poderíamos devolver a pergunta:
Se o Universo criou você, quem criou o Universo?
O mais famoso cientista da atualidade, Stephen Hawking, se expressou a favor de um Universo auto criado. Professor lucasiano de física em Cambridge de 1979 a 2008 ele declarou o seguinte sobre a origem do universo:
"Porque existe uma lei como a da gravidade, o Universo pode e vai criar a si mesmo do nada. Criação espontânea é a razão de existir algo ao invés do nada. razão do Universo existir, é porque existimos. Não é necessário invocar Deus para por o Universo em movimento".
Mas o professor irlandês John Lennox da universidade de Oxford demonstrou que há erros de lógica contidos nessa única sentença e se resume a um raciocínio circular: "Hawking basicamente diz que: O Universo existe porque precisa existir. E como precisa existir, o Universo criou a si mesmo".
Todas estas teorias são defendidas por cientistas e leigos. Fora o Criacionismo, todas as demais são defendidas por cientistas ateus, e às vezes até mesmo por cientistas teístas. Percebemos que a chamada ciência darwiniana, ou ciência evolucionista não é tão unânime como tenta parecer, e que muitos acreditam. Na verdade estão longe de se chegar a um consenso, chegando-se até mesmo a haver discórdias e várias declarações em seu meio. Quero que você perceba que não são cientistas criacionistas contra evolucionistas, são sim, cientistas evolucionistas contra eles próprios. Algo se torna científico até uma segunda hipótese e posteriormente, é claro, experimento, derrubar a primeira tese. Isso vive ocorrendo. Se não fosse assim, não teríamos tantas teorias sobre a origem do Universo. Correndo por fora temos a teoria criacionista que é defendida por cientistas e leigos teístas. Ela não tem como ser defendida por ateus porque em sua essência ela postula a existência de um DEUS Criador; ela enxerga no Design Inteligente do Universo e da Terra, o planejar de uma Mente, de Um Arquiteto, não um Universo que se cria ao acaso. 
Muitos há que creem ser a teoria do Big Bang uma ciência confirmada, enquanto a teoria criacionista é apenas uma teoria de religiosos, uma religião.  Como vimos, o Big Bang não é consenso entre os cientistas e sabe por quê? Por que ele não é ciência. Não é confirmado cientificamente, como muitos gostariam que fosse. É apenas uma teoria, a mais aceita delas, mas longe de ser unânime. E se é uma teoria, é apenas uma conjectura, uma proposição, um ensinamento, enfim, uma suposição. Outros cientistas creem em outras teorias igualmente não confirmadas pela ciência, como vimos. Universo Estacionário, Multiverso, Universo Quase Estacionário, Criacionismo (...). 
O que leva muitos leigos a pensar que o Big Bang é ciência e o Criacionismo não o é, é o conjunto de pelo menos três fatores essenciais: o conhecimento midiático sobre o Big Bang em contrapartida com desconhecimento de outras teorias não teístas defendidas pelos cientistas e o Criacionismo crer no surgimento do Universo baseado nos escritos bíblicos, o que dá o tom de religião. Sendo que muitos não creem em DEUS, não professam nenhuma religião e ainda tem desprezo pela mesma entendendo que os que assim acreditam são iludidos por uma invenção humana, logo entendem que ela não é científica. Mas na verdade, a crença nas páginas da Bíblia é apenas um “algo a mais”, um apêndice nessa teoria. Ela está fundamentada assim como as demais, no estudo sistemático das evidências que se apresentam ao ser estudado, agora sim cientificamente, o Cosmos. Ela usa dos mesmos materiais de estudo que as demais teorias, as evidências que lá estão. E há para ambos os lados teorias bem fundamentadas nestas evidencias, assim como enigmas ainda sem respostas. 
Recentemente li um artigo do Frei Beto intitulado Alteridade onde ele nos ensina que nossa tendência é colonizar o próximo. A alteridade, ou outridade, é sermos capaz de aprender o outro na plenitude da sua dignidade, dos seus direitos e sobretudo, da sua diferença. Quanto menos alteridade houver nas relações sociais, mais conflitos irão existir. Partiremos do princípio que eu ensino, ele aprende, eu sei, ele não sabe, eu sei melhor e mais do que ele. Frei Beto nos coloca na via mais curta da comunicação humana, que é o diálogo e a capacidade de entender o outro a partir de sua experiência de vida e de sua interioridade. 



"Um pouco de ciência nos afasta de Deus. Muito, nos aproxima." 
Louis Pasteur, em "L'Age nouveau", Edições 99-104 - P. 66, 1957. 
Veja mais sobre este assunto CLICANDO AQUI.

Referências:


1- Zygmunt Bauman, Ética Pós-moderna (SP: Paulus, 1997), p. 41;

A criação- Vídeo Adventista em Português;

Bíblia de Estudo Plenitude- ARA;

Comentário Bíblico Adventista- vol. 01;

Frei Beto- Alteridade;

Filme “Deus não está morto”;

Lição da Escola Sabatina, 4º trimestre-Adulto/Professor – “A História dos Começos” – Outubro-Dezembro de 2006 – Casa Publicadora Brasileira. 






Nenhum comentário:

Postar um comentário

Olá. O seu comentário será muito bem vindo. Aqui aceitamos suas sugestões, suas opiniões e também teremos o maior prazer em receber suas críticas, desde que as mesmas venham acompanhadas de sua visão do assunto e se atenham ao texto, nunca a pessoas. O uso de palavras de calão ou algo semelhante deve ser evitado pois não serão publicados. No mais, sinta-se em casa.