domingo, 31 de dezembro de 2017

ONDE ESTÁ ESCRITO NA BÍBLIA QUE JESUS RESSUSCITARIA NO TERCEIRO DIA?

Por: Alexandre e Máira Garcia
Todos conhecemos esta história. A história de que JESUS deveria morrer e ressuscitar no 3° dia. Mas já nos perguntamos por que ressuscitaria Ele no dia terceiro? Já nos perguntamos por que Ele morreu justamente na véspera do sétimo dia da semana? E o que Ele fez durante este sétimo dia? E a dúvida do nosso título: onde está profetizado que JESUS deveria ressuscitar... no terceiro dia após Sua morte? 


Caso o leitor queira fazer uma cópia deste post esteja à vontade, pede-se apenas, para que não se configure plágio, que se mantenha o nome do autor e do endereço deste blog, 'emdefesa-dabiblia.blogspot.com', de onde o post foi retirado. Obrigado.

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Por que Ele ressuscitou somente no terceiro dia                                Quanto a primeira pergunta (por que Ele deveria ressuscitar e ressuscitou no dia 3°), devemos lembrar que a Bíblia toda é recheada de simbolismos. E, falando em simbolismos, o número 3 na Bíblia surge como o número de DEUS. Toda vez que surge o número 3, está relacionado de alguma maneira com DEUS. (Antes que alguém fale que isso é numerologia, e que numerologia é algo pagão e que DEUS abomina, entendemos que numerologia é a união de duas palavras: número, que é um objeto da matemática usado para descrever quantidade, ordem ou medida e logia, elemento que exprime a noção de estudo de um assunto em particular. Portanto, ao juntarmos estas duas palavras em uma só temos então o estudo dos números. Este estudo dos números pode ter uma conotação pagã, embora universal, mas pode ter também uma conotação bíblica se estudarmos os números que a mesma apresenta e que são peças chaves para a compreensão de  determinados assuntos apresentados por ela, a base de números. 
  • Só para começar, DEUS criou a vida justamente no terceiro planeta do sistema solar; 
  • A vida (que só pode provir de DEUS) somente surgiu neste terceiro planeta, a partir do terceiro dia da semana da criação;
  • Noé teve três filhos que deram origem a todos os povos  da terra após o dilúvio; 
  • Abraão recebe a visita de três seres celestes, dentre os quais, um dEles era YAHWEH;
  • Daniel entrava em comunhão com DEUS  por três vezes ao dia;
  • A casa de DEUS, o Templo de Salomão, era dividida em três partes, o átrio, o santo e o santíssimo;
  • A Nova Jerusalém, cidade feita por DEUS, tem três portas de cada lado;
  • YAHWEH, O SENHOR, nos é apresentado a partir de três pessoas, o PAI, o FILHO e o ESPÍRITO SANTO;
  • O batismo deve ser em nome de três: PAI, FILHO e ESPÍRITO SANTO;
  • São três que testificam no céu: o PAI a PALAVRA e o ESPÍRITO;
  • Os serafins clamam para YAHWEH: SANTO, SANTO, SANTO, ou seja, três vezes Santo;
  • JESUS, DEUS conosco, e todo o Seu ministério durou três anos.
Desta forma, JESUS ressuscitando apenas no terceiro dia, é mais um simbolismo que nos mostra a divindade dAquele que nos salvou. Ele não morreu na Sexta- Feira e ressuscitou no Domingo apenas por mero acaso. Nada em Sua vida era (é) mero acaso. Sua humanidade realmente morreu naquela sexta-feira à tarde, mas Sua divindade, velada até o momento de Sua ressurreição, reaparece agora, três dias depois. O DEUS JESUS CRISTO ressurge agora, no dia 3º após a Sua morte.
Por que morreu na véspera do 7º dia, e que fez neste dia
Quanto a segunda e a terceira perguntas, elas estão de certa forma interligadas e, percebemos que O homem JESUS morreu justamente no diada semana. Seis na Bíblia é número de homem (Ap 13:18). DEUS é eterno e imortal, ou seja, não pode morrer, mas a natureza humana de JESUS sim: O homem JESUS derramou sangue, sofreu e acabou morrendo justamente no dia , o número do homem. (Os caracteres que formam os números que conhecemos vão de 0 a 9. Para formarmos o número de homem de Ap 13:18 referido acima, temos que ter o número do homem, 6, repetindo-se 3 vezes, (6 + 6 + 6) sendo que o número 3 - o número de vezes que ele se repete -  representa a DEUS. Logo, temos em Ap. 13 o homem (6) tentando representar a DEUS (3). Mas isto é outra história). O que nos interessa aqui é saber que quem morreu naquela Sexta- Feira foi o homem JESUS. Morreu no sexto dia da semana, este é o dia em que Sua natureza humana expirou na cruz. 

Sábado, o 2° dia de Sua morte
Quanto ao dia posterior da morte de JESUS, vemos que  foi no dia 7 da semana, ou seja, o sétimo dia. Percebemos que o número sete na Bíblia representa a perfeita união de DEUS com o homem, ou seja, é um dia de comunhão, de completo descanso do secular. Neste dia, o segundo após Sua morte, JESUS estava na tumba que pertencia a José de Arimatéia. E Ele estava lá simplesmente descansando. Foi o único dos três dias computados como os três dias da Sua morte em que Ele realmente e literalmente, descansou. Viveu e passou os piores momentos de Sua vida em boa parte da Sexta Feira; próximo ao por do Sol, portanto ainda na Sexta-Feira, quase já entrando o dia 7 Ele morreu. Passou todas as horas do dia 7 (o segundo de Sua morte) na tumba. A Bíblia ensina que, quando da morte, estamos dormindo. Esta foi a expressão usada pelo próprio SENHOR JESUS: "Nosso amigo Lázaro dorme..." João 11: 11 a 14. E veja que coisa: JESUS dormia o 'sono da morte', ou seja, literalmente estava descansando por todas as horas do dia de sábado, o dia de descanso instituído por DEUS ainda lá na semana da criação. E aí, volta a ativa  no primeiro dia da semana, ou seja, no dia 3 após Sua morte- (número 3 que sempre têm representado a DEUS). Portanto, Ele ressuscitar no terceiro dia depois de Sua humanidade ter morrido, nos mostra a Sua divindade inerente. 
O homem JESUS morre no dia 6 da semana, o obediente JESUS (Luc 2: 51) permaneceu descansando, em repouso na tumba (João 11: 11 a 14) durante o dia sétimo da semana, e o DEUS JESUS CRISTO ressuscitou no dia 3 após Sua morte. 

Onde diz que JESUS ressuscitaria no 3° dia?
Já quanto a pergunta do nosso título, 'onde está a profecia que nos diz que JESUS haveria de ressuscitar no terceiro dia', vejamos: A princípio, temos várias profecias concernentes a JESUS, entre elas as de que JESUS deveria:
  • nascer a época em que nasceu- (Num 24: 17);
  • nascer na cidade de Belém da Judeia- (Miq 5: 2);
  • nascer de uma virgem- (Isa 7: 14);
  • seria traído- (Salmos 41: 9 e 55: 13-15);
  • roupas repartidas entre quatro soldados e a túnica sorteada- ( Sal 22: 18); 
  • crucificado entre ímpios e sepultado no túmulo de um rico- (Isa 53: 9);
  • e muito mais.
Estas são apenas uma "amostra grátis" das cerca de mais de 300 profecias concernentes a JESUS. Salmos 22 nos mostra por exemplo, um dos muitos Salmos de Davi em que ele teria escrito em um dos muitos momentos de angústias que passou. Mas... Davi além de rei era também profeta; e mesmo sem saber, escrevia ele sobre a vida de Seu próprio SENHOR, em que no alto da cruz, clama as primeiras palavras deste Salmo: "Eloí, Eloí, lamá sabactâni" [Salmo 22:1 que diz: "DEUS meu DEUS meu, porque me abandonaste?". Também no mesmo Salmo, no verso 18, ao Davi escrever sobre suas vestes, profetizava sobre o que estaria relatado em Lucas 23:34, sobre as roupas de Seu SENHOR. JESUS reinterpreta um Salmo escrito cerca de mil anos antes dEle. Um Salmo que não levava o Seu nome. 
Já a profecia em que Ele ressuscitaria no 3° dia partiu diretamente de Sua própria boca, quando Ele afirma que O templo que destruiriam, Ele o reconstruiria em 3 dias - João 2: 19. Seus interlocutores não entenderam Sua afirmação, achando que Ele falava do templo de pedras, e não dEle próprio. Ele fundamentara Sua afirmação na passagem de Oseias 6: 2 onde há uma profecia, uma primeira aplicação sobre o povo de Israel, em que JESUS fazendo uso, do que chamamos hoje de uma reinterpretação, ou aplicação secundaria ao texto original, dá um segundo sentido ao texto que originalmente tinha um sentido único, como havia feito com o Salmo 22. 

"Assim, uma determinada passagem pode ser importante para os contemporâneos do profeta e, ao mesmo tempo, para uma outra geração que viverá num longínquo futuro. O próprio profeta pode saber ou não que sua mensagem possui outro significado além daquele imediato, contudo, o Espírito de Deus, que está por detrás do mensageiro humano, determinou que suas palavras tivessem um sensus plenior, isto é, um sentido maior e mais completo do que aquele que inicialmente aparentavam". (VIRKLER, 1987, p. 17).

"Vejamos como exemplo de reinterpretação um texto de Oseias, cap. 11: 1, que diz: "Quando Israel era menino, Eu o amei; e do Egito chamei meu filho".  O contexto nos mostra que DEUS está falando do povo de Israel, a quem considerava como um filho. Israel era menino, ou seja, era uma nação nova, recente, em que DEUS tem todo o cuidado de levantar um profeta e líder (Moisés) para do Egito, tirar da escravidão o Seu povo rumo a terra prometida e que resultou no Êxodo. Portanto, para Oseias o filho é Israel e o chamado do Egito é o que DEUS fez por meio de Moisés. Porém, oito séculos mais tarde, outro autor inspirado, Mateus, após contar a fuga de José, Maria e o menino JESUS para o Egito, a fim de escapar da matança de Belém (Mateus 2: 15) cita parte do mesmo versículo de Oseias e diz que foi cumprido quando JESUS voltou do Egito com seus pais. Assim, de acordo com Mateus, o filho é JESUS, e o chamado do filho ocorreu nos primórdios da era cristã, quando "o anjo do Senhor apareceu em sonhos a José no Egito e disse-lhe: Levanta-te, toma o menino e a sua mãe, e vai para a terra de Israel" Mt 2: 19 e 20. Ora, antes de Mateus fazer esta declaração, jamais poderia alguém, estudando o livro do profeta Oseias, chegar a tal conclusão. A interpretação não o permite. Mateus tirou a citação de seu contexto e a utilizou em outro completamente diverso. Ocorre que quando o Espírito Santo levou Oseias a anotar as palavras "do Egito tirei meu filho", já havia planejado que elas se referissem em primeiro lugar ao povo de Israel, e em segundo lugar, a Jesus. Portanto o que Mateus fez foi correto, por que ele estava escrevendo sobre a inspiração do Espírito de Deus"- (REIS, 2016, P. 58,59). 

Como vimos, os autores bíblicos divinamente inspirados, tem a autoridade divina para usar de aplicação secundaria a um texto que, originalmente foi escrito por outra pessoa, em outra época, sobre outro assunto, para outro destinatário. Mas veja bem, nós, meros mortais, não temos autorização divina (Ecl 3: 14 / Ap 22: 18 e 19) para usarmos o texto sagrado como bem entendermos. Somente um autor bíblico, que foi divinamente inspirado, está autorizado a reinterpretar o texto. Se nós formos reinterpretar a um determinado texto, por nossa própria conta e risco, existiria (?) uma miscelânea de teorias, doutrinas e confusões, pois não estamos autorizados a reinterpretar os textos originais. Os escritores bíblicos tem esta autoridade, pois estão divinamente inspirados (II Tim 3: 16) e O NOSSO SENHOR JESUS CRISTO também, pois "nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade", ou seja, Ele é divino, Ele é o próprio DEUS.



Conclusão

Percebemos então que, mais uma vez a Bíblia sempre esteve com a razão. Onde não se vê uma profecia que diga com todas as letras "... e JESUS ressuscitará no terceiro dia após sua morte..." se vê O próprio SENHOR JESUS falando ainda antes de Sua morte e reinterpretando Salmos 16: 9 e 10 que diz, "...até o meu corpo repousará seguro. Pois não deixará minha alma na morte e não permitirá que o teu Santo veja corrupção" e também ao profeta Oseias: "Depois de dois dias nos ressuscitará: ao terceiro dia nos levantará, e viveremos diante dele".
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Referências:


  • ANDREWS. Bíblia de estudo. Almeida Revista e Atualizada, 2ª ed. 1983. SBB. CPB, 2015;
  • REIS, Emilson dos. Introdução Geral à Bíblia. Unaspress, 2016;
  • VIRKLER, Henry. A. Hermenêutica. Miami: Vida,1987;


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